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SIGATOKA AMARELA E SIGATOKA NEGRA

  • dinahps
  • 18 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

Diferença entre a Sigatoka Amarela e Sigatoka Negra Os primeiros sintomas da sigatoka amarela aparecem como estrias amarelo - claras presentes na face superior da folha enquanto da sigatoka negra eles apresentam como estrias marrons visíveis na face inferior da folha. A freqüência de lesões de sigatoka amarela, sobre a folha é bem mais baixa que a freqüência observada com a sigatoka negra e as lesões de sigatoka amarela apresentam bordos regulares, tomando o formato elíptico no estádio final enquanto as lesões de sigatoka negra geralmente apresentam bordos irregulares . Os reflexos da doença são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo a capacidade fotossintética da planta e, por conseqüente a sua capacidade produtiva expressa pela diminuição do tamanho e número de pencas e frutos por cacho, e pela ocorrência de maturação precoce dos frutos ainda no campo.

Sigatoka-amarela

  • Agente causal

A Sigatoka-amarela é causada por Mycosphaerella musicola, Leach (forma teliomórfica)Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton (forma anamórfica). O esporo teliomórfico ou sexuado é denominado ascósporo, e o anamórfico ou assexuado, conídio. As diferenças de comportamento, entre eles, podem se refletir na epidemiologia da doença, que é fortemente influenciada pelas condições climáticas. Três elementos associados ao clima - chuva, orvalho e temperatura - são fundamentais às fases de infecção, produção e disseminação do inóculo. O primeiro evento para que ocorra a doença é o contato do esporo com uma folha de planta suscetível. Se houver presença de umidade, na forma de água livre, haverá a germinação do esporo, ocorrendo a seguir a penetração do fungo através do estômato. As folhas mais suscetíveis à infecção, em ordem decrescente, vão da vela à terceira folha do ápice para baixo. Onde as estações do ano são bem definidas, a produção diária de inóculo pode ser relacionada com a presença de água sobre a folha (água de chuva e/ou orvalho) e com níveis mínimos de temperatura (temperatura ótima é de 25°C). No Brasil, as temperaturas máximas raramente são limitantes à ocorrência da doença.

  • Sintomas

Os sintomas iniciais da doença aparecem como uma leve descoloração em forma de ponto entre as nervuras secundárias da segunda à quarta folha, a partir da vela. A contagem das folhas é feita de cima para baixo, onde a folha vela é a zero e as subseqüentes recebem os números 1, 2, 3, 4, e assim por diante. Essa descoloração aumenta, formando estrias de tonalidade amarela, que passam para estrias marrons e posteriormente, para manchas pretas, necróticas, circundadas por um halo amarelo, adquirindo a forma elíptica-alongada. A lesão passa, portanto, por vários estádios de desenvolvimento, conforme descrição a seguir: estádio I - é a fase inicial de ponto ou risca de no máximo 1 mm de comprimento com leve descoloração;estádio II - é uma estria já apresentando vários milímetros de comprimento, com um processo de descoloração mais intenso; estádio III – a estria começa a enlarguecer, aumenta de tamanho e começa a evidenciar coloração vermelho-amarronzada próximo ao centro; estádio IV - mancha nova, apresentando forma oval-alongada e coloração parda, de contornos mal definidos; estádio V - caracteriza-se pela paralisação de crescimento do micélio, aparecimento de um halo amarelo em volta da mancha e início de esporulação do patógeno; estádio VI - fase final de mancha, de forma oval-alongada, com 12 a 15 mm de comprimento por 2 a 5 mm de largura, centro deprimido, de tecido seco e coloração cinza com bordos pretos e halo amarelado.

O coalescimento das lesões, formando extensas áreas necróticas, geralmente ocorre em estádios mais avançados da doença, com a presença de alta freqüência de lesões. Este é o maior dano provocado pela Sigatoka-amarela, ou seja, a morte prematura das folhas, causando a redução da área foliar fotossintetizante com conseqüências na qualidade dos frutos e produtividade.

Sigatoka negra

  • Agente causal

O fungo causador da Sigatoka-negra é um ascomiceto conhecido como Mycosphaerella fijiensis Morelet (fase teliomórfica) e Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton (fase anamórfica). O esporo assexual de P. fijiensis (conídio), está presente durante as fases de estrias ou manchas jovens da doença, nas quais se observam conidióforos, saindo (sozinhos ou em pequeno número) dos estômatos localizados na face inferior da folha. A fase sexuada é considerada mais importante no aumento da doença, uma vez que, um grande número de ascósporos (esporo sexuado) são produzidos em estruturas denominadas pseudotécios, que se formam principalmente na face superior da folha, durante as fases de pico da doença e em períodos de alta umidade e temperatura favorável.

O desenvolvimento de lesões e a disseminação dos esporos são fortemente influenciados por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento. O primeiro evento importante para que ocorra a doença, é a adesão do esporo sobre as folhas novas. Havendo água livre sobre essas folhas e temperaturas superiores a 21°C o esporo irá geminar, crescer sobre a folha até encontrar um estômato por onde ocorrerá a penetração. A duração deste processo depende da temperatura, que tem seu ótimo aos 25°C. Em lesões da Sigatoka-negra, a produção de esporos é mais precoce, ocorrendo ainda na fase de estrias. Em caso de epidemia estabelecida, ocorre massiva infecção e, conseqüentemente, maior produção de esporos, imprimindo, por conseguinte, maior taxa de progresso da doença, em comparação com a Sigatoka-amarela.

O vento, juntamente com a umidade, principalmente na forma de chuva, são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e sua disseminação. No caso específico da Sigatoka-negra no Brasil, outras vias importantes na disseminação têm sido as folhas doentes utilizadas em barcos e/ou caminhões bananeiros, para proteção dos frutos durante o transporte (uso proibido), e as bananeiras infectadas levadas pelos rios durante o período de cheia na Amazônia.

  • Sintomas

Os sintomas causados pela evolução das lesões produzidas pela Sigatoka-negra se assemelham aos decorrentes do ataque da Sigatoka-amarela. A infecção ocorre nas folhas mais novas da planta, seguindo as mesmas etapas apontadas para a Sigatoka-amarela. Na Sigatoka-negra, entretanto, os primeiros sintomas aparecem na face inferior da folha como estrias de cor marrom, evoluindo para estrias negras. As lesões em estádio final apresentam também centro deprimido de coloração cinza. Geralmente, devido à alta freqüência de lesões, o seu coalescimento ocorre ainda na fase de estrias, não possibilitando a formação de halo amarelo em volta da lesão. Observa-se, por outro lado, um impacto visual forte devido à coloração, predominantemente, preta e à necrose que se desenvolve, precocemente, nas folhas afetadas .

  • Controle químico

Os fungicidas ainda são ferramentas indispensáveis para o controle das Sigatokas, principalmente, em se tratando de cultivares suscetíveis. A sua utilização, no entanto, deve ser cercada de uma série de cuidados de forma a minimizar riscos ao homem e ao meio ambiente.


 
 
 
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